Relatório vazado na imprensa alerta para risco de fracasso contra Talibã.Casa Branca diz que vai se informar sobre estratégia afegã primeiro.
Do G1, com agências internacionais
Do G1, com agências internacionais
A Casa Branca informou nesta segunda-feira (21) que o presidente Barack Obama teve conhecimento do relatório do general Stanley McChrystal, comandante das forças norte-americanas e da Otan no Afeganistão, que pedia mais tropas para a região, mas que não recebeu um pedido formal nesse sentido. O governo também informou que vai informar-se sobre a estratégia afegã antes de se decidir pelo envio de mais militares para combater a insurgência Talibã no país. Segundo o porta-voz da Casa Branca, Robert Biggs, um pedido de envio de mais tropas deve ser feito apenas "um pouco mais adiante".
O relatório foi divulgado pelo "The Washington Post", com cortes pedidos pelo governo. Ele indica que os EUA fracassarão na guerra contra o Talibã caso não dediquem mais forças e definam uma nova estratégia para o conflito, disse o comandante.
O McChrystal afirmou que é preciso reassumir em curto prazo a iniciativa contra o "impulso insurgente", pois do contrário "derrotar a insurgência (pode) não ser mais possível."
História: Talibã é fruto de vácuo de poder após anos de conflito no Afeganistão
A avaliação dele salienta a necessidade de buscar uma "nova estratégia" que inclua um maior envolvimento das forças estrangeiras com a população afegã. "Recursos inadequados provavelmente resultarão em fracasso. Entretanto, sem uma nova estratégia, a missão não deveria receber recursos," disse o general em seu relatório.
McChrystal ainda não apresentou a Washington seu pedido de reforços, mas algumas autoridades preveem que ele irá incluir 30 mil novos soldados de combate e instrutores.
Parte do Partido Democrata, de Obama, se opõe ao envio de mais tropas, e pesquisas mostram que a opinião pública começa a se voltar contra o conflito iniciado há oito anos.
McChrystal disse no relatório que "a situação geral (da guerra) está se deteriorando," e por isso seria necessário uma guinada "revolucionária" na estratégia. "Nosso objetivo deve ser a população. O objetivo é o desejo do povo. Nossa cultura convencional da guerra é parte do problema, os afegãos precisam em última análise derrotar a insurgência."
O general disse que os militantes controlam atualmente partes inteiras do país, embora seja difícil avaliar exatamente quanto, devido à limitada presença das tropas da Otan.
Ele também criticou duramente o governo afegão, que teria perdido a confiança da população. "A fraqueza das instituições estatais, as ações malignas dos mediadores do poder, a corrupção generalizada e o abuso de poder por várias autoridades e os próprios erros da Isaf (força da Otan) têm dado aos afegãos poucas razões para apoiar seu governo," escreveu o comandante.
O tenente-coronel Tadd Sholtis, porta-voz de McChrystal, disse que o general não cogita renunciar ao cargo se não tiver reforços, e que manterá seu empenho sob qualquer orientação que receber de Obama.
Neste ano, o contingente dos EUA saltou de 32 mil para 62 mil, e ainda deve crescer em mais 6.000 soldados neste ano. Há também cerca de 40 mil soldados de outros países, principalmente da Otan.
Uma recente pesquisa CNN/Opinion Research mostrou que 58% dos norte-americanos estão contra a guerra, e só 39% a apóiam. Este é o período mais letal para as tropas estrangeiras em oito anos de conflito.
O McChrystal afirmou que é preciso reassumir em curto prazo a iniciativa contra o "impulso insurgente", pois do contrário "derrotar a insurgência (pode) não ser mais possível."
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A avaliação dele salienta a necessidade de buscar uma "nova estratégia" que inclua um maior envolvimento das forças estrangeiras com a população afegã. "Recursos inadequados provavelmente resultarão em fracasso. Entretanto, sem uma nova estratégia, a missão não deveria receber recursos," disse o general em seu relatório.
McChrystal ainda não apresentou a Washington seu pedido de reforços, mas algumas autoridades preveem que ele irá incluir 30 mil novos soldados de combate e instrutores.
Parte do Partido Democrata, de Obama, se opõe ao envio de mais tropas, e pesquisas mostram que a opinião pública começa a se voltar contra o conflito iniciado há oito anos.
McChrystal disse no relatório que "a situação geral (da guerra) está se deteriorando," e por isso seria necessário uma guinada "revolucionária" na estratégia. "Nosso objetivo deve ser a população. O objetivo é o desejo do povo. Nossa cultura convencional da guerra é parte do problema, os afegãos precisam em última análise derrotar a insurgência."
O general disse que os militantes controlam atualmente partes inteiras do país, embora seja difícil avaliar exatamente quanto, devido à limitada presença das tropas da Otan.
Ele também criticou duramente o governo afegão, que teria perdido a confiança da população. "A fraqueza das instituições estatais, as ações malignas dos mediadores do poder, a corrupção generalizada e o abuso de poder por várias autoridades e os próprios erros da Isaf (força da Otan) têm dado aos afegãos poucas razões para apoiar seu governo," escreveu o comandante.
O tenente-coronel Tadd Sholtis, porta-voz de McChrystal, disse que o general não cogita renunciar ao cargo se não tiver reforços, e que manterá seu empenho sob qualquer orientação que receber de Obama.
Neste ano, o contingente dos EUA saltou de 32 mil para 62 mil, e ainda deve crescer em mais 6.000 soldados neste ano. Há também cerca de 40 mil soldados de outros países, principalmente da Otan.
Uma recente pesquisa CNN/Opinion Research mostrou que 58% dos norte-americanos estão contra a guerra, e só 39% a apóiam. Este é o período mais letal para as tropas estrangeiras em oito anos de conflito.
POSTADO POR: LUANDA MAI
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