O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il, disse nesta sexta-feira a um enviado chinês que vai se empenhar nas negociações multilaterais pelo final do programa de armas nucleares do seu país, repetindo promessas já descumpridas anteriormente.
Alguns analistas dizem que o Norte conseguiu elevar seu cacife nas complicadas negociações multilaterais depois de realizar seu segundo teste de bombas atômicas neste ano, e que pode estar buscando uma nova forma de negociação que inclua discussões diretas com os Estados Unidos, uma antiga reivindicação de Pyongyang.
A Coreia do Norte adotou medidas conciliadoras recentemente, como a libertação de duas jornalistas americanas acusadas de entrar ilegalmente no país. Analistas dizem que o regime comunista busca maneiras de recuperar suas finanças, afetadas por sanções desencadeadas por seus testes atômicos e de mísseis.
"Kim Jong-il [...] disse que a Coreia do Norte irá continuar no rumo da desnuclearização [...] e está disposta a resolver os problemas relevantes por meio de discussões bilaterais e multilaterais", disse a agência de notícias chinesa Xinhua.
EUA, China, Rússia, Japão e Coreia do Sul participam do processo multilateral com a Coreia do Norte, que tenta oferecer benefícios políticos e econômicos em troca do fim do programa nuclear do país. Pyongyang, no entanto, abandonou o diálogo, exigindo sua substituição por negociações diretas com os EUA.
Apesar dos gestos conciliatórios para a Coreia do Sul e os EUA, Pyongyang mantém ameaças nucleares, como a promessa de produzir urânio altamente enriquecido, o que lhe daria outro caminho para o desenvolvimento de armas nucleares --atualmente, o país as produz apenas com plutônio.
A reunião de Kim com o diplomata chinês Dai Bingguo também sinalizou uma maior aproximação entre os dois países comunistas, cujas relações foram abaladas depois que Pequim apoiou sanções da ONU à Coreia do Norte por causa do segundo teste nuclear do país, em maio passado.
A Coreia do Norte prometeu diversas vezes refrear seu programa nuclear e sempre mudou de ideia poucos dias ou semanas mais tarde. "A Coreia do Norte vai continuar fazendo pressão para melhorar as condições", disse Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos da Coreia do Norte. "Especialmente agora que Kim Jong-il prometeu conversar, as perspectivas não são ruins."
Mas Kenneth Boutin, da Universidade Deakin da Austrália, disse: "Há um consenso crescente de que a liderança norte-coreana não pretende abandonar seu programa de armas nucleares, e pode muito bem ser que a noção de 'desnuclearização' deles seja muito diferente da nossa."
A viagem de Dai é vista como um prelúdio da visita do premiê chinês Wen Jiabao à Coreia do Norte, oficialmente para marcar o aniversário da aliança dos dois países. O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yu Myung-hwan, disse que a visita de Wen deve ocorrer no início de outubro.
Alguns analistas dizem que o Norte conseguiu elevar seu cacife nas complicadas negociações multilaterais depois de realizar seu segundo teste de bombas atômicas neste ano, e que pode estar buscando uma nova forma de negociação que inclua discussões diretas com os Estados Unidos, uma antiga reivindicação de Pyongyang.
A Coreia do Norte adotou medidas conciliadoras recentemente, como a libertação de duas jornalistas americanas acusadas de entrar ilegalmente no país. Analistas dizem que o regime comunista busca maneiras de recuperar suas finanças, afetadas por sanções desencadeadas por seus testes atômicos e de mísseis.
"Kim Jong-il [...] disse que a Coreia do Norte irá continuar no rumo da desnuclearização [...] e está disposta a resolver os problemas relevantes por meio de discussões bilaterais e multilaterais", disse a agência de notícias chinesa Xinhua.
EUA, China, Rússia, Japão e Coreia do Sul participam do processo multilateral com a Coreia do Norte, que tenta oferecer benefícios políticos e econômicos em troca do fim do programa nuclear do país. Pyongyang, no entanto, abandonou o diálogo, exigindo sua substituição por negociações diretas com os EUA.
Apesar dos gestos conciliatórios para a Coreia do Sul e os EUA, Pyongyang mantém ameaças nucleares, como a promessa de produzir urânio altamente enriquecido, o que lhe daria outro caminho para o desenvolvimento de armas nucleares --atualmente, o país as produz apenas com plutônio.
A reunião de Kim com o diplomata chinês Dai Bingguo também sinalizou uma maior aproximação entre os dois países comunistas, cujas relações foram abaladas depois que Pequim apoiou sanções da ONU à Coreia do Norte por causa do segundo teste nuclear do país, em maio passado.
A Coreia do Norte prometeu diversas vezes refrear seu programa nuclear e sempre mudou de ideia poucos dias ou semanas mais tarde. "A Coreia do Norte vai continuar fazendo pressão para melhorar as condições", disse Yang Moo-jin, da Universidade de Estudos da Coreia do Norte. "Especialmente agora que Kim Jong-il prometeu conversar, as perspectivas não são ruins."
Mas Kenneth Boutin, da Universidade Deakin da Austrália, disse: "Há um consenso crescente de que a liderança norte-coreana não pretende abandonar seu programa de armas nucleares, e pode muito bem ser que a noção de 'desnuclearização' deles seja muito diferente da nossa."
A viagem de Dai é vista como um prelúdio da visita do premiê chinês Wen Jiabao à Coreia do Norte, oficialmente para marcar o aniversário da aliança dos dois países. O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yu Myung-hwan, disse que a visita de Wen deve ocorrer no início de outubro.
Postado por: Geovana Barreto
1 comentários:
Para mim este aviso de "desnuclearização" parece mais com uma tentativa de distração. Isto é, eles retiram o foco internacional dos seus projetos nucleares e podem trabalhar "em paz".
Por José Everaldo Neto
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