Um grupo de crianças palestinas e seus pais, a maioria deles da cidade de Tulqarem, na Cisjordãnia, ganhou permissão do Exército israelense para entrar em Israel por um dia. Grande parte deles foi à praia pela primeira vez.
A Cisjordânia é um território sob ocupação de Israel, reclamado pela Autoridade Palestiniana e pela Jordânia, situado na margem ocidental do rio Jordão. É limitado a leste pela Jordânia e a norte, sul e oeste por Israel.
Até 1948, correspondia a parte da Palestina que posteriormente foi dividida em três partes: uma parte passou a integrar o Estado de Israel e as duas outras, Faixa de Gaza e a Cisjordânia, ambas de maioria árabo-palestina, deveriam integrar um Estado palestino, a ser criado conforme resolução das Nações Unidas. Todavia, em 1967, a Faixa de Gaza e a Cisjordânia foram ocupadas militarmente por Israel, após a Guerra dos Seis Dias. Posteriormente, algumas porções dispersas dessas duas áreas passaram a ser administradas pela Autoridade Palestiniana, mas Israel mantém o controlo das fronteiras e está actualmente a construir um muro de separação que, na prática, anexa porções significativas da Cisjordânia ocidental ao seu território.
O contraste do Brasil com a Cisjordânia e Israel é tão grande que, enquanto somos protegidos constitucionalmente pela liberdade de ir e vir e por princípios como a não-intervenção e a autodeterminação dos povos, a Cisjordânia é controlada e “evitada” pelos israelenses, fazendo o acesso de Palestinos a Israel, ainda que por um único dia, ser comemorado como um prêmio.
1 comentários:
Impressionante como o ser humano tem a capacidade de se auto-intitular dono de determinado território e passar por cima de princípios que deveriam ser respeitados mudialmente. O direito de ir e vir previsto pela Constituição Federal brasileira deveria ser difundido em todas as regiões do mundo, inclusive em território israelense, afim de que os palestinos pudessem aproveitar o lugar que para eles também é considerado berço do seu povo.
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