China - O retrato da economia


O início da “globalização” chinesa – O gigante asiático começou a se preparar para a abertura econômica em 1978, quando o então líder Deng Xiaoping trocou os dogmas de Karl Marx pelos de Adam Smith e deu uma guinada que incluiu a abertura de zonas comerciais nas províncias costeiras, aumento de investimentos estrangeiros e liberalização do comércio e do mercado agrícola, tendo como ingredientes fartos subsídios, mão-de-obra barata e repressão brutal à oposição. Foi quando sob o bordão “Enriquecer é glorioso”, o então país de Mao começou a experimentar os desafios e prazeres da livre iniciativa na economia.

O princípio básico do comunismo, a propriedade estatal, começou a cair por terra em 1997, quando o Congresso chinês anunciou um gigantesco programa de privatização. Dois anos depois, os chineses comemoraram cinqüenta anos de comunismo ao mesmo tempo em que realizava uma manobra histórica: depois de treze anos de negociações, fecharam um acordo para a esperada abertura de sua economia à globalização. Foi quando em menos de uma década o país se tornou a sétima economia do mundo com perspectiva de vir a ser ainda melhor.

Em 2001, a China oficializou sua entrada no mundo globalizado ao ingressar de forma definitiva na Organização Mundial do Comércio (OMC). Com um fabuloso mercado potencial de mais de 1 bilhão de consumidores, o gigante oriental representava um dos mais tentadores e difíceis mercados internacionais, mas enfim abria as suas portas para o mundo. Com a abertura de sua economia o país passou a travar enlaces econômicos com diversos países, inclusive o Brasil.

A mão-de-obra barata é o grande chamariz para a entrada de capital externo. Na maioria das regiões da China, o salário, por exemplo, na linha de montagem é de menos de 2 reais por hora. Nessas condições, montar bases para exportar é um ótimo negócio.

Com esse elevado ritmo econômico parecia que os tempos de bonança, com crescimentos de 10% ao ano, iriam durar por muito tempo. Mas em 2007 a China deu seu primeiro espirro, que desencadeou uma pneumonia global. A Bolsa de Xangai, o principal mercado chinês, desabou 8,8%, a maior queda em uma década. Da China ao Brasil, mercados de ações foram derrubados em efeito dominó. A Bolsa de Nova York caiu espantosos 3,4% em um único dia - cada ponto porcentual equivale a cerca de 160 bilhões de dólares. Em São Paulo, a Bovespa registrou baixa de 6,63%, a maior desvalorização desde os atentados de 11 de setembro.

A crise financeira mundial não deixou de fora o gigante asiático. No início de 2008, os investimentos estrangeiros na China registraram queda de 15,8%. Os dois primeiros meses do ano representaram 13,37 bilhões de dólares, 26,23% a menos que no mesmo período de 2008. O número de empresas estrangeiras implantadas no país também caiu muito, 13% em ritmo anual. Em consequência da crise, as exportações chinesas - muitas vezes responsáveis pela maior parte dos lucros do país - registraram também forte queda. De acordo com o vice-ministro do comércio chinês, o país vai se defender cortando taxas de exportação, além de elaborar novas medidas econômicas para estimular o consumo. Um boa aposta para tentar aumentar os gastos pessoais no país de maior população do planeta.

Fonte: www.veja.com.br

Postado por: Camilla Gonçalves

1 comentários:

Unknown 17 de agosto de 2009 às 20:51  

Interessante como o direito está em todas as coisas até mesmo naquelas em que imaginamos não estar, fato que retrata isso é que a China mesmo anteriormente a sua abertura estava, mesmo que sem ter aderido por vontade propria, vinculada a toda regulamentação internacional.
É a força do DIP regendo nosso mundo globalizado.


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