No início desse mês o mundo foi surpreendido com a libertação de duas jornalistas norte-americanas, Euna Lee e Laura Ling, que foram condenadas na Coréia do Norte a 12 anos de trabalhos forçados, por terem entrado ilegalmente em março no país, e por terem praticado “atos hostis”. A benevolência de Kim Jong-iI em perdoar as prisioneiras foi em atendimento ao pedido feito pelo ex-presidente Bill Clinton em visita a Pyongyang.
A República Democrática Popular da Coréia nasceu com o fim da Segunda Guerra Mundial, momento em que a península da Coréia foi repartida em duas, ficando a parte norte sob influência da União Soviética e o sul sob o domínio capitalista dos Estados Unidos. Deste então a “democracia” norte-coreana, que na verdade é uma ditadura proletária, vem sendo governada por Kim II-sung, que faleceu em 1994 após ter dirigido o país por quase 40 anos e por seu filho, Kim Jong-iI, tendo ambos governado com mãos de ferro, levando o país ao quase total isolamento político.
Com o declínio da URSS no fim da década de 1980, que lhe fornecia auxílio econômico e bélico, a Coréia do Norte vem sofrendo os efeitos também do isolamento econômico, sendo hoje um país extremamente agrícola, vivendo de ajudas humanitárias.
De tempos em tempos a nação norte-coreana reaparece no cenário mundial ao anunciar que vem realizando testes com armas nucleares, ponto em cheque o controle feito pelo Conselho de Segurança da ONU, ao passo que ameaça atacar países próximos como Coréia do Sul e Japão caso sofra retaliações. Ainda neste domingo, 16, um porta-voz militar norte-coreano anunciou que "Os imperialistas dos EUA e o grupo de Lee Myung-bak (presidente da Coréia do Sul) devem entender claramente que é disposição de ferro e postura resoluta do Exército do Povo Coreano entrar em ação a qualquer momento para impiedosamente varrer seus agressores." A resposta foi dada depois dos EUA e da Coréia do Sul terem anunciado que vão realizar testes militares na região da península coreana nesta segunda-feira.
A libertação das duas prisioneiras norte-americana só se concretizou com a participação decisiva do ex-presidente norte-americano na negociação, tendo a mesma um caráter particular, afastando qualquer intervenção do governo Obama no acordo de libertação. Muito provável que o sucesso da viagem de Bill Clinton ao país de Kim Jong-iI foi devido ao seu papel de líder com considerável respeitabilidade diplomática no cenário mundial. Ainda bem que George W. Bush atualmente se dedica às suas fazendas no Texas!
Fonte: Folha Online http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u610450.shtml
Postado por: Geovana Barreto
1 comentários:
Se Bush estivesse no comando a uma hora dessa a Kim Jong -il não teria mais nada a anunciar.
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