TÓQUIO - A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, advertiu nesta terça-feira a Coreia do Norte. Segundo Hillary, o país não deve cumprir sua ameaça de realizar um teste com um míssil, pois isso pioraria suas perspectivas com os Estados Unidos e o resto do mundo.
Em Tóquio, durante sua primeira viagem ao exterior como principal diplomata dos EUA, Hillary também demonstrou o compromisso de seu país com a segurança japonesa. Como mostra da proximidade entre as nações, o primeiro-ministro Taro Aso realizará uma visita a Washington na próxima semana.
Em Seul, capital da Coreia do Sul e próximo destino de Hillary, manifestantes protestaram contra o líder norte-coreano Kim Jong Il e a ameaça de teste de míssil.
A Coreia do Norte disse ontem em comunicado que "não fez concessões apesar das ameaças dos Estados Unidos e não fará nenhuma no futuro", disse em comunicado o governo através da Agência Central de Notícias da Coreia, de Pyongyang. Não está claro se a declaração foi uma resposta a Hillary.
Aso, profundamente impopular em seu próprio país, será o primeiro líder estrangeiro a visitar o presidente Barack Obama na Casa Branca, na reunião do dia 24. Segundo Hillary, esse é um sinal de que as duas principais economias do mundo sabem que possuem uma responsabilidade especial para enfrentar a crise financeira global.
A retórica beligerante da Coreia do Norte estava entre as prioridades da agenda de Hillary na Ásia. A viagem inclui ainda temas como as mudanças climáticas, energia limpa e as preocupações com a crise econômica mundial.
Hillary tomou chá com a imperatriz do Japão Michiko e também teve uma reunião com o líder da oposição japonesa, Ichiro Ozawa, que é o favorito para ser o próximo primeiro-ministro se o governo de Aso fracassar e cair.
Hillary disse que trabalhará duro para apressar os esforços para que sejam interrompidos os programas nucleares da Coreia do Norte. Ela afirmou que o possível teste de mísseis a ser realizado por Pyongyang não contribui para o avanço das relações entre os dois países. As declarações foram dadas numa entrevista coletiva em Tóquio, concedida ao lado do ministro de Relações Exteriores do Japão, Hirofumi Nakasone.
A secretária de Estado renovou a oferta dos EUA para normalizar as relações e estabelecer um tratado de paz com a Coreia do Norte, se o país "eliminar completa e comprovadamente" seu programa nuclear.
Na segunda-feira, o governo norte-coreano alimentou a especulação de que se prepara para testar um míssil de longo alcance, sinalizando que lançará um foguete como parte de seu programa espacial. Pyongyang já testou mísseis sob o pretexto de lançar um satélite. Segundo analistas, as últimas declarações indicam que a Coreia do Norte está prestes a realizar outro teste.
Fonte: Tribuna da Imprensa e http://defesabrasil.com/site/noticias/internacional
Postado por: Carola Andrade Queiróz e Juliana Souza do Amaral.
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