Irã rejeita acordo para processar urânio no exterior

TEERÃ - O Irã não cederá seu urânio para que seja processado no exterior como propuseram Estados Unidos, França e Rússia, afirmou neste sábado, 7, o presidente da Comissão de Segurança Nacional e Assuntos Exteriores do Parlamento iraniano, Alaedin Boroujerdi.

Em declarações à agência de notícias local Isna, o responsável iraniano ressaltou que "não está previsto enviar nenhuma quantidade da 1,2 tonelada de urânio iraniano à qualquer lugar. Já foi descartado".

"O representante do Irã perante a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Ali Asghar Sultaniye, negocia para buscar soluções. Nossos especialistas estão olhando como obter o combustível e regular o problema", afirmou.

Boroujerdi também rejeitou as pressões da comunidade internacional e ressaltou que "os estrangeiros não podem estabelecer prazos. Nós não somos obrigados a fazer o que nos dizem".

No dia 21 de outubro representantes dos Estados Unidos, França e Rússia propuseram a seus colegas iranianos um acordo para enviar ao exterior o urânio que o Irã armazena a 3,5% e recuperá-lo depois enriquecido a 20%, nas condições em que o necessita para alimentar seu reator civil.

Esta semana o Governo iraniano tinha indicado que desejava a formação de um comitê de especialistas e uma nova rodada de diálogo para "esclarecer algumas dúvidas técnicas e econômicas" do acordo antes de dar uma resposta definitiva.

Mas a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, advertiu na quinta-feira que a proposta estava fechada e que não se admitiriam mudanças, além de instar ao Irã não dilatar mais o processo e dar uma resposta definitiva.

Grande parte da comunidade internacional, com os Estados Unidos e Israel à cabeça, acusam ao Irã de ocultar, sob seu programa civil, outro de natureza clandestina e aplicação militar cujo objetivo seria adquirir armas atômicas.

O acordo sobre o enriquecimento no exterior buscava garantir que o regime dos aiatolás não desviasse seu urânio a um programa não pacífico
postado por: Luanda Mai

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